quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Amigos, amigos, guardanapos à parte

Este é o meu novo lema, amigos, amigos, guardanapos à parte. Já há algum tempo partilhei convosco a minha questão sobre os guardanapos (aqui). Na altura escrevi o seguinte sobre o assunto:

"Guardanapos

Esta seria muito fácil, deixar de usar guardanapos, mas o meu namorado disse-me logo que se eu quisesse que eu deixasse de usar, mas que ele não deixava. Assim, fui um bocadinho fraca e pronto também não uso guardanapos de pano. E assim continuo a usar guardanapos de papel. Bem pelo menos não uso rolos de cozinha, quer dizer tenho sempre em casa para qualquer eventualidade, mas o rolo está ali meses e meses na cozinha até ser gasto. Para limpar algo na cozinha uso sempre esponja e panos."

Pois, na altura decidi que ia começar a comprar sempre guardanapos de papel reciclado e fiquei uns largos meses assim. No entanto, é um bocadinho ridículo usar toalhitas de pano e fraldas de pano no bebé (isto quando ele não está na creche) e depois usar guardanapos de papel, mesmo que reciclado. Por isso, acabou-se! Posso ser a única a usar guardanapos de pano cá em casa e daí? Mais vale uma que nenhuma.

A nível anual, estimo que a poupança ambiental seja de cerca de 580 guardanapos de papel (faço duas refeições em casa logo 365*2=720 guardanapos usados, se não comer em casa 20% das vezes [uma estimativa por alto], 720*0,2=146, logo 720-146=584 guardanapos). Costumo comprar guardanapos em embalagens de 100 unidades, o que significa que ao longo de um ano vou deixar de consumir entre 5 a 6 embalagens de plástico. Ok! Reconheço que o plástico poupado anualmente não é substancial, mas é algum. Além do papel e do plástico poupado, acresce o transporte (sim daqui a um anos foi menos um camião de guardanapos, eheheh), a água e a energia para produzir os produtos. E claro, não foi preciso comprar guardanapos de pano, porque tenho aqui uns com mais de trinta anos, provavelmente.

Imagem própria

De notar que os guardanapos de papel que tenho em casa neste momento, os da imagem, não são de papel reciclado, uma vez que na mercearia de Castro Laboreiro não havia muita escolha de guardanapos.

A questão é simples, eu quero ser o mais sustentável possível, embora ache que os outros deviam seguir os meus passos não os posso obrigar, assim sendo os guardanapos de pano são apenas para mim. Pode ser que consiga convencer pelo exemplo, assim espero.

No entanto, houve dois produtos que quando me juntei avisei logo que cá em casa não entravam: sacos de plástico para o gelo; e toalhitas descartáveis para limpar o pó. O meu marido achava que eram duas coisas que se deviam comprar. Mas essas ideias foram logo banidas. O gelo pode muito bem ser feito nos recipientes de gelo que duram anos e para limpar a casa usam-se sempre panos, quer comprados ou reaproveitados.

No entanto, quando tive o Luís, devido ao ingurgitamento mamário disseram para fazer massagens com sacos de gelo. Salvou-me a minha irmã que me trouxe uns sacos de gelo que ainda estão para aí, porque no dia a dia o gelo é feito sem lixo.

3 comentários:

  1. Ui, toalhitas descartáveis para limpar o pó... É dos maiores enganos no rol das coisas para "facilitar" a vida, que existem. Detesto! E a minha sogra usa sempre.
    Eu nunca comprei, embora tenha experimentado a "maravilha". E achei uma idiotice. É que aquilo vem tão cheio de produto, que tem que se usar na mesma outro pano, para limpar o excesso. Afinal onde é que está a diferença para o spray?
    Eu sou totalmente a favor dos guardanapos de tecido, era o que se usava antigamente e dava perfeitamente.
    Beijinhos

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  2. Faltou só dizer que por outro lado gastará água e electricidade para os lavar. Mas sim é uma poupança!

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    Respostas
    1. Caro anónimo, já falei em posts anteriores dessa questão da água e electricidade gasta em casa. O fabrico de qualquer produto novo gasta muito mais água e electricidade do que lavar um produto equivalente em casa. Lavar um guardanapo de pano que devido à sua dimensão cabe em qualquer máquina de roupa que já ia fazer (mesmo que não coubesse como no caso das fraldas de pano, pelas quais faço mais máquina de roupa do que antigamente) gasta muito menos água e electricidade do que aquela que é gasta da extracção da matéria-prima da natureza, do transporte até à fabrica, da transformação da matéria-prima em pasta de papel, etc, etc, etc. Eu posso gastar mais água do que se comprasse um guardanapo de papel, mas a nível ambiental o consumo de água é muito, muito inferior. Nem sequer é possível de comparar.

      Aliás, esta é uma questão que muita gente fala, por um motivo, porque não sabe os gastos associados a cada produto: extracção de matérias-primas, produção, transporte comercialização, uso, transporte de resíduos e eliminação de resíduos. Se pensar bem, vê que a sua questão nem sequer se põe.

      Obrigada pelo comentário
      Sónia

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