segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Compota de dióspiro e tomate e Marmelada caseira

Passo a vida a dizer que não vou fazer mais doces e compotas até gastar todo o meu stock, mas depois há sempre uma altura que caiu em tentação. É mesmo algo que eu gosto de fazer, mais do que de comer, mas também gosto de comer é a realidade. E depois como não compro a matéria-prima fica realmente barato.

Então desta vez decidi inovar e fazer compota de dióspiro e tomate. Qual o motivo para esta combinação? Era o que eu tinha no frigorífico. Como não tinha nenhuma receita fiz aquele básico de 80% de açúcar para cada quilograma de fruta. Sei que há quem ache que é demasiado açúcar, mas é a quantidade de açúcar que vai conservar o doce. De notar que faço os doces mesmo para durar, já que os conservo fora do frigorífico durante anos. Anos mesmo. Tenho andado a comer doces que fiz em 2013. Aliás, já este ano comi um doce de tomate que a minha mãe tinha feito e a minha mãe já morreu quase há quatro anos. Por isso podem ver como eles resistem bem conservados.

A receita:
Imagem própria

Arranjei os dióspiros e os tomates, bem, mais quantidade de dióspiro do que de tomate como podem ver pela imagem. Arranjados pesavam 1,600Kg. Por isso, a quantidade de açúcar devia ser 1,600*0,80=1,280Kg. Arredondei e utilizei 1,200Kg de açúcar.

Num tacho em lume brando juntei a fruta e o açúcar, dois paus de canela e umas folhinhas de lúcia-lima. E assim fiz, fui mexendo até achar que tinha a consistência perfeita, fiz o ponto de estrada e deixei arrefecer um pouco e enfrasquei (utilizei frascos previamente esterilizados).

Decidi fazer tipo compota e não tipo doce, ou seja deixei pedaços inteiros da frutas, mas quem quiser pode passar.

Acho que ficou um sabor interessante docinho e bem aromatizado. Tem apenas um senão, sinto aquele travo do dióspiro que me seca a boca, bem no pão não se sente, apenas de sente comendo à colherada, o que não é aconselhado. Mas perguntei a outras pessoas e até gostam do travo. Ainda deu para cinco frascos, um já está aberto e o outro estou a pensar enviar para o Brasil (adoro que os meus doces viajem).

Agora é que reparei que a imagem ficou tremida, mas já não posso tirar mais fotografias
Imagem própria

Além desta compota, os meus sogros vieram cá passar o fim-de-semana e trouxeram marmelos. Adoro marmelada e mesmo marmelos assados ou cozidos, só me chateia é descascar os marmelos, mas a minha sogra fez esse trabalho. Assim fizemos marmelada, um quilograma de marmelos, um quilograma de açúcar e dois paus de canela, em lume brando. É deixar cozer os marmelos até ficarem bem molinhos e depois passar tudo. Há quem goste de marmelada mais líquida, mas eu prefiro-a bem dura de cortar à faca, por isso é deixá-la apurar. E assim ficámos com três taças de marmelada, uma para cada pessoa cá de casa.

Imagem própria

Assim, já tenho doces para o ano que vem. Os quais vou juntar às minhas reservas de 2013, este ano se a gravidez me permitir apenas penso voltar a fazer doce de tamarilho, já que é o meu doce favorito e não se encontra cá à venda. No entanto, ainda tenho de esperar que os tamarilhos amadureçam.

Fazer compotas e doces é bastante fácil, sobretudo se soubermos fazer em pouca quantidade, sim que agora ando a controlar-me. É barato no caso de termos fruta própria. Embora use bastante açúcar, não uso outros conservantes e aromatizantes como os de compra. E duram bastante tempo se os frascos forem bem esterilizados. Consigo comer doces e compotas com três ou quatro anos e só as ponho no frigorífico depois de abertas. Contudo, tenho sempre atenção quando abro o frasco, confirmar se não há bolor, o cheiro e se a tampa faz o ploc do vácuo.

Fazer compotas é também bastante mais sustentável que comprá-las, sobretudo se reutilizarem frascos como faço. Na postagem Polpa de tomate e a reutilização de frascos de vidro explico como faço a esterilização dos frascos de vidro.

3 comentários:

  1. As compotas caseiras cá em casa estes meses têm sido só para o marido, mas já falta pouco para eu me vingar! :)
    Gosto de comer em torradas, ou também uso para bolos.
    Essas ficaram com muito bom aspeto! (se há doce que eu gosto de comer à colher é marmelada!)

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  2. Eu não costumo fazer doces, porque tenho quem faça por mim :)
    Neste momento tenho no frigorífico doce de abóbora (feita pela minha mãe), marmelada e geleia (feita pela prima e vizinha da frente) e ainda tenho um restinho de doce de abóbora com nozes do ano passado (feito pela minha madrinha). Tudo feito com fruta caseira.
    E ainda ontem a minha madrinha queria que eu trouxesse mais doces (de pêssego ou maçã, é à escolha!...)
    Beijinhos e Boa semana!!!

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  3. Filipa, felizmente, eu durante a gravidez continuo a puder comer doces :D aliás eu como imensos doces e a minha glicémia costuma estar sempre baixa... e há dias que sinto mesmo falta de açucar.

    Catarina, sim também é muito bom ter quem nos dê :D embora eu goste mesmo de os fazer.

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