domingo, 30 de agosto de 2015

Recusar sacos de plástico, papel do que for...

Esta é daquelas ideias de sustentabilidade que todos conhecemos, mas nem todos cumprimos. Muitas vezes também não cumpro.

Antes de haver a norma dos sacos nos supermercados serem pagos, eu trazia-os para casa, o que me dava muito jeito para o lixo e tal, ou para levar as coisas para a reciclagem (às vezes quando vou seguir para outro sítio levo dentro de sacos, quando vou só despejar e voltar para casa, costumo levar em baldes, também costumo aproveitar para separar os resíduos aproveitando os sacos de comida do cão ou da comida dos outros animais). Alguns sacos de plástico guardava dentro da mala para quando ia a algum supermercado em que os sacos já fossem pagos (Lidl, Pingo Doce e o Jumbo que tinha caixas especiais).

Agora desde que a norma saiu, nunca mais comprei um saco de plástico, verdadeiro desperdício não é? Desperdício de dinheiro e de matérias-primas. Assim ando sempre com um saco pequeno de compras durável dentro da minha mochila, a qual também serve muitas vezes para trazer as coisa, e quando vou ao hipermercado de carro também tenho aqueles sacos enormes.

Por isso neste momento, no que toca a ir a super ou hipermercados acho que andamos todos mais sustentáveis. Mas e quando vamos a outras lojas? Lojas de roupa ou outra coisa, onde ainda nos dão sacos... acho que quase todos os aceitamos, muitas vezes nem nos lembramos de os recusar.

Assim, fui dar uma volta pelo Freeport de Alcochete, à procura de coisas fantásticas (ou pelo menos baratas, de preferência nacionais ou europeias) para o meu bebé e as nossas compras foram:

- 2 babygrows numa loja;
- 1 casaco de bebé noutra loja;
- 2 tshirts de bebé noutra loja;
- 1 tshirt de adulto noutra loja.

Isto significaria em casos normais, 4 sacos de plástico ou papel, assim foi só um saco, e isto porque me esqueci de recusar o primeiro por falta de hábito. Mas a verdade é que as 6 peças de roupa, sendo 5 de bebé recém-nascido cabem muitíssimo bem num simples saco. Logo é mais que suficiente.

Mas ainda me lembro de há uns anos atrás, quando eu tinha talvez uns 15 anos, ou seja quase há 15 anos, recusar sacos e dizerem-me que eram obrigados a dar. A verdade é que agora, os vendedores já não obrigam ninguém a levar o saco, aliás numa loja uma das vendedoras disse-me "o ambiente agradece". É caso para responder: "Isso mesmo".

Não que eu deite os sacos fora, normalmente reutilizo sempre, o que também gera um problema, o exagero de sacos que tenho guardados para reutilizar. Sim mandar um saco fora, mesmo para reciclar, é quase sacrilégio para mim. Logo não há mesmo melhor forma que os reduzir, as próprias marcas deviam agradecer. Já imaginaram o que uma marca gasta em sacos que muitas vezes só são usados uma vez?

E por falar em sacos lembrei-me de uma coisa que me dá que pensar, às vezes faço compras online no Continente, daquelas que vamos levantar na loja, mas penso que as que entregam em casa seja a mesma coisa. Os supermercados actualmente não dão sacos plásticos, sendo que os sacos leves são obrigados a taxá-los a 10 cêntimos. Então qual não foi o meu espanto quando, a primeira vez que fui buscar uma compra online, os produtos vinham todos dentro de uns sacos leves, sem asas, dados pelo continente (não encontrei imagens na internet).

É caso para perguntar: "Sacos leves são perigosos para o ambiente, mas senão tiverem asas já não fazem mal?"

Sei que foi uma forma deles contornarem a lei e agradarem os clientes, mas parece-me um bocadinho parvo, os sacos serem oferecidos por não terem asas, enquanto sacos iguais com asas são considerados "perigosos" e por isso têm de ser taxados.

Não faço muitas vezes compras no Continente Online, prefiro ir às lojas, mas com o cansaço da gravidez tem dado jeito em alguns dias. Esses sacos sem asas são excelentes para pôr no balde das borras de café da minha loja, logo no meu caso são sempre reutilizados. Fecho o saco depois de cheio, trago as borras para os canteiros das flores e os sacos vão para reciclar. Mais uma vez, do mal o menos.

8 comentários:

  1. Quando me lembro, recuso os sacos nas lojas, mas a verdade é que muitas vezes já estou com a cabeça noutro lugar e nem me lembro. Desde que estou de baixa, estou a ficar com uma enormidade de sacos em casa, que já não sei o que lhes fazer! (sou educadora, e antes levava os sacos para a escola, para por a roupa suja dos meus bebés).
    Em relação aos sacos sem asas, quando saiu a lei, verifiquei um fenómeno interessante, principalmente nas lojas pequenas, de bairro. Não deixaram de usar os sacos (talvez fossem os que já lá tinham e estavam a escoar), apenas lhe cortaram as asas e siga para bingo!

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    1. Sim às vezes também me esqueço de os recusar. Mas cada vez me esqueço menos. Por acaso nunca vi essa de cortarem as asas aos sacos, nunca reparei mesmo,

      Na creche onde trabalhas há muitas crianças a usarem fraldas reutilizáveis?

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  2. Nem uma! Eu avisei logo as minhas colegas assim que engravidei: para o ano chegam ca as fraldas reutilizáveis! Mas estagiei em escolas com crianças com fraldas reutilizáveis, não estive foi em creche nessa altura.

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    1. Ahh é que eu tenho um bocadinho de receio de no berçario que eu inscrever não aceitarem. Porque já li coisas assim lá no grupo. E as tuas colegas aceitaram bem a ideia?
      Acho que as creches até deviam incentivar :P

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    2. Pois, também tenho lido alguns casos assim... É desconhecimento. Eu sei bem o que é cuidar de muitos bebés e como é necessário optimizar os momentos das mudas e das refeições, por exemplo. Mas desde que haja abertura e os pais expliquem bem o procedimento não deveria haver problema. Quando o meu for para a creche, vou optar por levar fraldas de bolso ou tudo em um, pois são as mais simples de colocar e mais parecidas com as descartáveis. Assim, evitam-se confusões. ;)
      Não posso dizer que as minhas colegas tenham ficado muito entusiasmadas com a ideia... Mas é uma novidade lá... Pode ser que abra a porta para outros;)

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    3. Já fui inscrever o meu bebé numa IPSS e já me disseram que em princípio não aceitam. Porque tiveram um caso que não correu muito bem... vamos ver como corre mais tarde.

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  3. O Continente teve imensas reclamações porque, de início, entregava os produtos nos novos sacos, cobrando-os aos clientes. O problema é que, alguns clientes, não pretendiam os sacos, mas a lei obriga a que os produtos estejam acondicionados aquando da entrega, não podendo viajar livremente nas caixas azuis que eles têm para as entregas ao domicílio.

    Em resumo, não é que faça menos mal ao ambiente sacos sem asa, mas também não é justo que a única solução para o consumidor seja pagar sacos em todas as compras, porque a lei não dá margem para outra solução.

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    1. Por isso referi que foi uma forma de contornarem a lei, sem desagradarem os clientes. Como cliente percebo-os.
      Talvez, a questão seja que a lei ainda não abrange tudo o que devia. Aliás não sei até que ponto os benefícios ambientais têm sido assim tão elevados. Embora cada vez se veja mais gente com sacos reutilizáveis, o que é louvável.

      Mas talvez as leis quer no que respeita aos sacos, quer no que respeita ao tipo de acondicionamento ainda possam ser melhoradas.

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