sexta-feira, 8 de abril de 2016

Resíduos orgânicos

Em sequência da minha última publicação:

Imagem própria

Diariamente, em quase todas as casas deste país, ou melhor, em quase todas as casas do mundo, resíduos como estes são deitados no lixo indiferenciado. Os resíduos orgânicos não são lixo, têm valor. No meu caso, deito-as às galinhas, o que elas não comem acaba por se degradar e misturar com o estrume que mais tarde é devolvido à terra. Outra solução é fazermos compostagem.

Claro que não quero obrigar todas as pessoas a terem galinhas ou a fazerem compostagem, até porque no actual modelo de sociedade é impensável. Talvez, por isso mesmo devessem ser as sociedades gestoras de resíduos a fazerem-no. Actualmente, alguns dos centros de triagem de resíduos já fazem alguma triagem aos resíduos indiferenciados, sendo que os restos orgânicos acabam por ser aproveitados para adubo. Todavia, como devem compreender isso é um processo difícil, já imaginaram o que é estar a separar cascas de bananas, de plásticos, de fraldas, pensos higiénicos, etc. Pois, há quem o faça, mas eu não gostaria.

Segundo este documento, Resíduos Orgânicos são:

"Restos de origem orgânica (também denominados resíduos verdes ou biodegradáveis). Em princípio, todos os resíduos orgânicos de origem biológica podem ser transformados em composto, o que inclui restos de comida, restaurantes e cantinas, resíduos verdes de composição vegetal provenientes de jardins e parques, papel e cartão. Apesar de poderem ser transformados em composto, o papel e cartão deverão ser reciclados."

No documento acima referido, estão várias iniciativas de recolha de lixo orgânico para compostagem. De notar que este documento já tem 16 anos, logo não quer dizer que estas iniciativas ainda existam.

De forma geral, as iniciativas que já existem passam pela existência de um sistema de recolha selectiva de lixo orgânico e de lixo inorgânico e em outros casos, por incentivar aos cidadãos a fazer a sua própria compostagem. Ambas são boas soluções. Embora, pessoalmente, acredito que a ideia de existir uma recolha de lixo orgânico e inorgânico fosse uma solução muito melhor quando nos mencionamos a áreas urbanas. Todavia, mais uma vez, no nosso país e no contexto que eu conheço, se ainda não conseguimos ensinar as pessoas a separar vidro, cartão e plástico, quando conseguiremos que separem o orgânico do inorgânico.

Se todos os resíduos que fazemos fossem separados quase nada iria para o inorgânico, não é verdade? Tudo teria o seu fim original, a transformação.

2 comentários:

  1. Seria bom que existisse um sistema para recolha de todos esses lixos, mas acho que ainda estamos longe, pois a quantidade de pontos de recolha de vidro, embalagens e cartão, ainda são poucos, por exemplo, no bairro onde moro, existe um local para isso, enquanto que contentores do vulgar lixo, não os contei mas são dezenas, torna-se difícil para pessoas sem viatura colaborar nessa separação se não tiverem carro, terão de fazer uma boa caminhada carregados de garrafas, cartão e embalagens, eu faço-o na minha viatura, mas acho insuficiente o número de pontos de recolha, pois que uma casa como a minha, onde separamos os vegetais para compostagem, cartão, vidro e embalagens, acabo por fazer muito pouco lixo dito normal.

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    1. Ola Ana. Sim eu também acho que é uma realidade longínqua, mas não custa sonhar. Por acaso, onde vivo, tenho imensos ecopontos, mas sei que é uma situação excepcional, não a regra.

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