sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A bela natureza - o pé de feijão

O meu pai costuma debulhar o feijão numa mesa que temos no quintal. E depois o feijão fica por ali a secar algum tempo. Naturalmente, há sempre um ou outro que caí no chão em sítios que nunca mais os vemos. E são esses pequenos gestos de naturalidade que fazem nascer feijoeiros nos sítios mais inesperados.

Imagem própria

Imagem própria
Entretanto a metereologia, o cão a correr, nós de um lado para o outro, não vamos permitir que a vida destes pequenos feijoeiros continue por muito tempo. Se não morrerem por eles, acho que os teremos de arrancar mais dia menos dia. Mas a natureza consegue sempre germinar mesmo onde o ser humano não quer. Ela sempre a contribuir para nós e nós a destruí-la.

Agora lembrei-me quando andei a trabalhar há uns anos num aterro que de aterro não tinha nada, basicamente uma empresa que recebia resíduos e em vez de os aterrar de forma correcta, simplesmente os enterrava sem qualquer cuidado, o que contribuiu para a poluição de umas ribeiras nas imediações. E um dia no meio daquele lixo todo, estavam umas belas couves (provavelmente todas contaminadas) que tinham nascido ali por acaso. Há coisa mais bela?

Para finalizar lembrei-me de um tipo de vegetação, o conceito que mais gostei das aulas de biogeografia, a vegetação ruderal.

"Ruderal (do latim: ruderis; "entulho") é a designação dada em ecologia às comunidades vegetais que se desenvolvem em ambientes fortemente perturbados pela acção humana, como seja cascalheiras, depósitos de entulho, aterros, bermas de caminhos e espaços similares. Por extensão, designam-se por "plantas ruderais", ou por "vegetação ruderal", as espécies e as comunidades vegetais típicas desses ambientes." (in https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruderal

Esta vegetação ruderal que às vezes parece querer estragar a paisagem construída, mas que apenas está a tornar o ambiente mais saudável.

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