sábado, 30 de julho de 2016

Cozer leguminosas em casa - melhor em todos os aspectos

Uma das memórias mais longínquas que tenho de infância é mergulhar as mãos num pote gigantesco de grão de bico na loja perto da casa da minha avó. Bem, não mergulhava só as mãos no grão de bico, também mergulhava no feijão, mas o grão de bico era o meu preferido. Depois comprava-se dois quilos de grão de bico ou qualquer outra quantidade, lavava-se, escolhia-se e ficava de molho e posteriormente era cozido.

Imagem retirada de http://www.valencyinternational.com/chick-peas-kabuli-specifications.php
É isso, hoje vou falar de leguminosas, quero dizer, vou falar de cozer leguminosas em casa. Eu sei que esta é daquelas dicas de economia doméstica que todos conhecemos. Pelo menos é das dicas de economia doméstica mais faladas. Mas nem por isso vou deixar de falar sobre ela.

Quando me juntei, decidi que cá em casa íamos consumir leguminosas cozidas em casa. Quer das que temos no quintal (normalmente apenas feijoca e algum feijão vermelho), quer das de compra. No entanto, sempre reconheci a praticidade de comprar feijão ou grão enlatado, é sempre útil ter em casa para uma emergência. O problema é que a ideia de ter em casa para alguma emergência, se tornou num hábito de consumo, sobretudo depois do Luís nascer. Ele veio mudar a nossa vida e hábitos, nem sempre para melhor, o tempo é escasso.

No entanto, cozer leguminosas não custa nada, podemos pôr uma grande quantidade de molho e cozer vários quilos de uma só vez e depois guardar as leguminosas, congelando-as. E foi isso que fiz recentemente, cozi imensa feijoca e tenho cinco caixas plásticas congeladas (eu tenho espaço para tal).


Recipientes com feijocas cozidas para congelar
Imagem própria

A nível económico, cozer feijão ou grão em casa fica muito mais barato do que comprar em frascos ou latas. A nível de saúde, o grão e o feijão enlatado já têm adicionados conservantes e sal, por exemplo os bebés quando começam a comer leguminosas não devem comer das que se compram já cozidas por este motivo. A nível ambiental, obviamente que também tem vantagens, sobretudo se como a feijoca que cozi vier do quintal, mas mesmo que se tenha de comprar as leguminosas, em cru ocupam muito menos espaço, logo as embalagens usadas são menos (melhor ainda se forem compradas a granel em grandes quantidades), sem contar com todos os processos industriais por que passam as leguminosas antes de serem enlatadas. No entanto, se comprarem leguminosas já cozidas embaladas, quer para questões de emergência, quer para uso habitual, escolham os frascos de vidro em detrimento das latas (estou a preparar uma publicação sobre latas para breve). Afinal, os frascos são facilmente reutilizáveis como podem ver abaixo.

No entanto, há algo sobre o feijão que vos queria contar, nas latas e frascos normalmente não vem a origem do produto. Mas nos pacotes que vendem as leguminosas cruas costuma constar essa informação, há umas semanas fui comprar feijão no Jumbo e originário de Portugal só havia um feijão a granel e biológico (tudo coisas boas), mas que era carissímo. Todo o outro feijão tinha as seguintes origens: Brasil, Estados Unidos da América, México, Canadá, Irão e Azerbeijão (é capaz de me faltar mais algum país de origem do feijão, mas não havia nenhum de Portugal, nem da Europa próxima). E pronto eu comprei um quilo de um feijão distante em vez de comprar o feijão português biológico caríssimo. Eu sei que a escolha não devia ter sido esta, mas pronto.

Por isso, sem dúvida que é mesmo melhor eu ter feijão no quintal do que comprar feijão de países tão distantes.

Mas bem, por falar em frascos, tal como o ano passado já comecei a fazer a minha polpa de tomate anual e a reutilizar os frascos.

Imagem própria

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