sábado, 19 de setembro de 2015

Mobilidade e transportes

Esta tem sido a semana europeia da mobilidade e escolhi falar disso apenas hoje porque é Sábado. Normalmente nestas semanas é durante o fim-de-semana que as pessoas participam mais nas actividades existentes, aliás é quando existem mais actividades.

Acho que a semana da mobilidade é boa como uma iniciativa simbólica, mas pouco mais que isso. Não sei até que ponto consegue transformar a forma como as pessoas vêem as questões da mobilidade e dos transportes. Claro que é melhor uma semana com menos poluição num ano, do que serem todas iguais, mas pronto tenho dúvidas que realmente mude mentalidades.

Normalmente vou para o trabalho de transportes, apanho três, o Metro Sul do Tejo, o comboio da Fertagus e o Metro de Lisboa. Não tenho grande coisa a criticar a nenhum deles, a minha maior crítica é mesmo o Metro de Lisboa na linha verde, linha que utilizo com maior frequência, ter apenas 4 carruagens. É pouco, muito pouco, numa linha que está sempre a transbordar. Do resto ando em transportes pontuais e sem ser o Metro de Lisboa, os outros nunca fazem greve. Por isso acho que no meu caso não há melhor alternativa do que ir de transportes, a alternativa de ir de carro significa, trânsito para a ponte 25 de Abril, portagem, trânsito perto do Túnel do Marquês, semáforos, trânsito na Avenida Almirante Reis, minutos e minutos à procura de estacionamento e depois EMEL.O que tudo junto significa um ataque de nervos, cada vez que tenho de ir para Lisboa, em dias úteis e em horário de ponta.

Além disso de transportes tenho tempo suficiente para aquilo que gosto: para pensar, ver o rio, observar pessoas, ler ou mesmo dormir. A tudo isto, se alia o facto que é muito mais sustentável e muito mais económico. Por isso, para mim andar de transportes públicos só tem vantagens.

O que eu quero dizer é que ando de transportes públicos por gosto. Realmente aprecio. Todavia, o facto de ter uma loja muitas vezes obriga-me a ir para Lisboa de carro, tenho encomendas para levar, tenho de ir a armazéns, às vezes a horas fora de horas. Por isso, compreendo que se ter um automóvel também é essencial, tinha um professor que dizia que mesmo quem anda de transportes precisa sempre de automóvel nem que seja para ir ao fim-de-semana passear à Costa da Caparica. A realidade é que precisar não precisa, mas o nosso modo de vida, torna o carro essencial, mas muitas vezes dispensável.

Ao contrário da maior parte dos casais da minha idade que conheço, eu e o meu namorado só temos um carro e basta, primeiro andamos quase sempre juntos, quando não andamos, adaptamos os nossos horários para nunca sentirmos a falta de outro carro. De qualquer forma, ambos somos adeptos do transporte público.

Transporte público, Sempre, automóvel, de vez em quando... é um bom lema.

Estou a falar da realidade lisboeta e almadense... sei que na grande maioria do país, as opções de transportes públicos não são muito viáveis. Poucas opções de horários, maus transportes, preços exagerados.

Mas para quem mora em Lisboa e concelhos adjacentes, acho que todos podemos ser mais ecológicos, aproveitar melhor os nossos transportes públicos... e quando necessário intervir, cidadãos mais participativos melhoram o mundo.

Imagem retirada de http://www.cm-lisboa.pt/viver/desporto/agenda-de-eventos/detalhe/article/semana-europeia-da-mobilidade-2015-escolhe-muda-combina

Para quem pode, consegue e gosta, talvez a opção mais sustentável seja mesmo andar a pé. Eu adoro andar a pé, não se gasta recursos e exercita-se o corpo.

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