quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Chás e infusões - escolhas

Quase todos utilizamos a palavra chá de forma corrente, sem ligarmos muito bem ao que é o chá de facto. Dizemos chá preto, chá de tília, chá de lúcia-lima e chás de mais uma infinidade de coisas. Em geral, utilizamos a palavra chá para o verdadeiro chá, infusão feita a partir de folhas, flores ou raízes da planta do chá (Camellia sinensis), bem como para as tisanas que são basicamente infusões feitas com folhas, frutos, flores ou raízes de outras plantas.

Eu gosto bastante de beber chá e outras infusões. É algo calmo, relaxante e enternece-me o espírito. Por esse motivo, cá em casa temos muitos chás e infusões, caixas e caixinhas, de tal forma que me comecei a controlar muito bem para não comprar mais até ir gastando os que tinha. Mas entretanto acabou-se o "chá" de menta e tive de comprar mais, não ter "chá" de menta em casa é algo que me chateia. Eu sei que podia começar a secar as minhas mentas e a minha lúcia-lima (também adoro) do quintal, mas tenho sido preguiçosa neste capítulo.

Mas como ia escrever tive de comprar mais "chá" de menta e numa ida ao supermercado AmorBio em Alvalade, Lisboa, comprei uma caixinha, a qual tem durado bastante. É uma mistura de mentas de agricultura biológica do Reino Unido, é bastante saboroso. Não sei até que ponto é que as ervas com que se fazem as infusões industriais têm muitos ou poucos químicos, mas há uns anos uma médica disse-me para não beber chás da Tetley porque estavam cheios de químicos e têm poucas propriedades que nos fazem bem por causa dos processos utilizados. Não sei se será mesmo realidade, mas pelo sim, pelo não, deixei de comprar, além disso depois de provar os da marca Twinings, percebi que realmente o sabor não tem nada a ver.

Mas voltando ao meu chá, melhor à minha infusão de menta, da marca Pukka, quando abri a caixa fiquei maravilhada, eu sei que isto é consumismo, mas não sou imune. Haverá caixa mais fofa que esta?

Imagem própria

Imagem própria

Gosto de pensar assim como o que diz na caixa, que isto não é o fim, que isto é somente o princípio. Claro que eles fazem a sua publicidade e vendem os seus produtos, mas alegra-me pensar que consumir de forma mais consciente é o princípio de uma mudança.

E se estou a falar de chás e infusões, não posso deixar de referir uma coisa muito importante para mim. Desde há três anos que tomei uma medida sobre a compra de chá, mesmo chá - Camellia sinensis. Na Europa só existe um sítio onde esta planta é produzida e comercializada para a bebida e esse sítio é português. Apenas nos Açores, mais especificamente na ilha de São Miguel se produz chá. Quando fui a São Miguel, visitei a plantação e fábrica de chá Porto Formoso, o qual é todo feito a partir de processo naturais, sem recurso a aditivos. Além desta marca, existe também a marca Gorreana. A qual é mais conhecida aqui em Portugal Continental e mais fácil de encontrar em supermercados. Embora eu não tenha ido às plantações e fábrica da Gorreana, a acreditar no que dizem no site também é isento de pesticidas, herbicidas, etc, ou seja um produto ecológico.

Desde essa minha visita ao nosso maravilhoso arquipélago que decidi que apenas compro chá açoriano, pois assim estou a apoiar tudo aquilo em que acredito. A verdade é que nunca mais comprei porque ainda preciso de acabar com todo o que existe cá em casa.

Outra vantagem ambiental do Chá Porto Formoso e Gorreana é que vem em sacos grandes e não em pacotinhos individuais envoltos em plástico ou papel. Bem se calhar até há esse tipo de embalagem, mas nunca vi.

Deixo esta imagem, linda não é? Uma paisagem açoriana concerteza e a promessa que tenho de secar as minhas mentas e lúcia-lima.

Plantação de Chá nos Açores
Imagem retirada de http://wsimag.com/pt/gastronomia/15280-fabrica-de-cha-da-gorreana

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