segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A guerra é a guerra

No Sábado ou no Domingo, já não sei bem, ia a conduzir e a ouvir a Antena 1 como habitualmente e estavam a falar sobre a Rússia, nomeadamente sobre uma iminente guerra mundial. Sinceramente, não sei se percebi grande coisa, primeiro porque não sei se quero perceber e segundo para perceber de verdade tinha de ter acesso a conhecimento que não tenho. Nós só sabemos aquilo que nos deixam saber. Entretanto, andei a tentar pesquisar aqui na internet e continuo sem entender nada. Acho que também não entendo, dado que para mim é impossível compreender o que move as grandes potências e os seus dirigentes.

Logo, não sei se vem aí uma nova guerra mundial ou não, certamente virão muitas guerras como sempre vieram... qual o intuito? Não sei. É o poder, o dinheiro, a ambição...

Quando vejo imagens de Aleppo na Síria mesmo sem entender a guerra, compreendo o mais importante, aquilo que o cidadão comum compreende sempre... Que aquela destruição não pode ser boa para ninguém.

Imagem retirada de http://www.bbc.com/news/world-middle-east-18957096

Condenar pessoas de cidades inteiras, de países inteiros, a uma vida de angústia, dor, sofrimento, perda, condená-las à morte, tirar a infância de crianças é um verdadeiro crime. E não são pausas humanitárias nos bombardeamentos como a que foi recentemente anunciada que mudem alguma coisa, porque depois da pausa (oito horas!!!) começarão novos bombardeamentos. E com isto não estou a defender nenhum dos lados, nem me interessa tão pouco quem tem razão (ninguém tem razão). Porque tal como canta o Fausto:

Chora por mim ó minha infanta
Escorre sangue o céu e a terra
Ah pois por mais que seja santa
A guerra é a guerra
(excerto da música A guerra é a guerra de Fausto Bordalo Dias)

Às vezes ainda sonho com uma humanidade mais humana, pessoas que compreendam que no mundo existe o necessário para todos vivermos bem e sermos felizes. Naqueles passeios de Domingo à tarde à beira-mar tenho sempre a ilusão que é preciso pouco para tal, vejo as pessoas em família, mais novos, mais velhos, a rirem, a passearem os cães, com os filhos bebés ou maiores, nas esplanadas, nos bancos, nas rochas a verem o mar. Sinto uma nostalgia, a ideia de uma felicidade que tem de ser capturada naquele momento e não mais esquecida, o sítio pode não ser o mais bonito, nem o mais bem arranjado do mundo, as pessoas não me parecem ricas, nem parecem ter vidas fáceis, mas naquele momento parecem felizes.

Era bom que em todo o mundo, fossem tardes de Domingo, a passear e a ver o mar...

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